04 setembro 2006

Refletindo outras imagens

Lembro que contei um dia, de um amigo que escrevia um post pra cada paquera dele no blog.
Sempre me diverti muito com isso, deixava comentários nas postagens, sem queimar o filme dele é claro, mas escrevia minhas imagens poéticas a partir das cantadas recebidas por outras mulheres.
Sabe o que é curioso? Re-li o blog dele outro dia e percebi que as musas nunca diziam mais do que algumas palavrinhas como lindo... obrigada...
O que há com o mundo? Porque as paixões não transbordam em letras e palavras depois uma linda declaração de amor?
Sei lá. Talvez a estranha seja eu.

2 comentários:

Anônimo disse...

Você não é "estranha". As pessoas é que se fecharam numa redoma de insensibilidade, ou defesa. Mas, que tem emoção ainda ri, ainda chora, ainda vê, ainda ama, ainda crê. E vive. É isso: você vive! Cuide-se.
Ronaldo Faria

Anônimo disse...

Não sou bom parâmetro, porque tenho também esta coisa estranha de ser uma torrente de palavras, às vezes desembestadas como um estouro de cavalos selvagens. Só posso concluir que ainda há aqueles que amam o belo e aqueles que perderam a sensibilidade no meio da ignorância. Lembrei-me de Rumi:
"Seu nome está em minha língua
Sua imagem em minha visão
Sua memória em meu coração
Para onde vou mandar estas palavras que escrevo?" (Rumi)
E, infelizmente, tb de Ortega y Gasset:
"A alma vulgar, sabendo que é vulgar, passa a ter coragem de afirmar o direito da vulgaridade, e o impõe."
Mas, enfim, se ele escrevia com a única finalidade de chamar a atenção das "musas" então estava preocupado com alguma reflexão estética. Se porém elas eram apenas o suporte, a personificação de alguma outra idéia então o comentário delas não era imperscindível.