17 dezembro 2006

Olhando para o céu.

Não sei roubar no jogo da sensibilidade. Na verdade acho até que não sou eu quem joga, sou só uma pecinha, variável às vezes insignificante que se entrega às regras do jogo e deixa rolar pro que der e vier.
Uma vez ele leu pra mim uns trechos de seu trânsito astral e achei graça porque falava tudo com tanta perfeição, com as palavras certas, e os personagens eram tão nítidos que jurei que ele inventava tudo aquilo. Foi engraçado quando pude ler por mim mesma e descobri que o tal programa de sinastrias, coisa e tal, nos conhecia de fato e não estava pra brincadeira.
Pela primeira vez em muito, muito, muito tempo, sinto-me segura e feliz. Descubro todos os dias uma saudade imensa de tudo que tenho pra viver, uma linda nostalgia do futuro que se renova em cada despedida e se me impulsiona ciclicamente, dia após dia, tão certo como o nascer do Sol.
Não tenho saudade do sonho, vivo a realidade.
Amo.