20 junho 2006

Cacau

Tu lês o mundo buscando o amor.
Desenhas com a ponta dos dedos.
É como o beijo da língua.
A mesma que beija e rouba o gosto do amor,
te serve e transforma saudade em poema.
A prosa encontra o conto
do que se sentiu sem ver.

O sempre melhor que antes e depois.

E da tua língua escrita,
as palavras de amor tem outros nomes.
Texto nascido da ponta dos dedos de carinho.
Palavras molhadas de orvalho da língua.

2 comentários:

Marla de Queiroz disse...

Tanta delicadeza e intensidade num só poema...e eu fico segurando o queixo com a mão, o cotovelo apoiado na mesinha do teclado enquanto leio e releio...e acho tão bom!
Que moça bonita é vc...Sempre me revelando outras formas de ver uma mesma coisa, com seus tantos olhares novos...E tantos encantos.
Adoro.
E fico sempre querendo mais.

Anônimo disse...

Sou suspeito para comentar sobre o objeto, ehehehe, mas o poema é composto de imagens bem fortes e agradáveis. Gostei muito.