24 agosto 2006

Reflexos da tabacaria

Não sei se o Álvaro, persona de Fernando estava certo. No fundo tendo a acreditar que sim porque aprendi que as palavras que nos tocam o íntimo são as mais carregadas de verdade.
Palavras. Vieram com cheiro de nicotina, gosto de rodapé de página mil vezes lida tentando encontrar uma saída pra tanta verdade que não quero que exista.
Há sim e é rude, o destino de tudo o que existe. Todas as madrugadas do mundo são uma miséria de existência, e como nos parecem intensas por toda a vida, imensas e repletas de interrogações só porque temos a obrigação de existir sem sentido e prosperar, e procriar, e criar, e aprender. Tudo pra saber que sempre haverá outro maço de cigarro e outro poema. Haverá o sempre e os que se deparam com o nada.

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