31 outubro 2006

Ronaldo

Meu querido, como doeu ficar tão longe... Nem tua nova casa eu conheci ainda. Não te dei meu abraço de mãe na hora mais delicada, nem te lembrei da longa vida pra viver valendo muito mais que qualquer momento de sono.
Acho mesmo que me afastei dos sonhos virtuais tentando me estruturar no emprego novo. Sabe, andei fugindo, parei de escrever, um pouco por falta de tempo, mas principalmente pra acostumar o corpo e não instigar a alma pra continuar trilhando as belezas e prazeres que estão sempre tão longe da dura realidade que me envolve.
Estou com saudades, meu querido. De você, do que tuas palavras me inspiravam sempre, saudade da intensidade das paixões irrealizáveis. Sinto falta de partilhar os sabores que só a madrugada traduz. É verdade, sinto saudades de você e de tudo e do pouco que pude conhecer te lendo.
Cuide-se meu poeta. Mantenha o ar fluindo, o sangue regando os desejos, as palavras explodindo pra quem passar perto lembrar também de querer amar. Cuide do corpo pra que a tua alma inquieta e apaixonante continue sempre a cada vez mais, nutrindo quem tiver a sorte de te olhar.
Grande beijo, da atriz.

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